sexta-feira, 29 de abril de 2016

LIBERDADE E EMPODERAMENTO NUMA CONFERÊNCIA DE MULHERES


Inspirado na 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que define a participação da sociedade civil e do poder público nos debates com temas que abordam políticas para as mulheres, o projeto “Mulheres em Cena”, contemplado no Edital de Patrocínios do Banco da Amazônia para 2016, proposto pela escritora e produtora de audiovisual Regina Melo, será realizado no mês de maio, com a participação de mulheres de diversos segmentos sociais, culturais e econômicos de Manaus e Belém.

O filme de Regina Melo, “Os anseios das cunhãs”, contemplado no Prêmio Carmen Santos Cinema de Mulheres inspirou o projeto “Mulheres em Cena”, aprovado pelo Banco da Amazônia, no Edital de Patrocínio 2016, para a realização de uma Conferência Livre de Mulheres, que debaterá o tema “Mulher: Liberdade e Empoderamento”, compreendendo a discussão sob três eixos:  1) Políticas Públicas (saúde, inclusão, mercado de trabalho, segurança, combate à violência contra a mulher); 2) Direitos (participação social, política, legislação); 3) Liberdade (sexualidade, respeito, independência, prostituição, tráfico, legislação).

A Conferência de Mulheres será realizada no auditório da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), no auditório João Bosco Ramos de Lima, nos dias 18 e 19 de maio, com a presença de mulheres de diversos segmentos da sociedade, que estão sendo identificadas e convidadas a dar a sua contribuição ao debate, sejam representantes de associações, grupos, ou, mesmo, individualmente. No primeiro dia, pela manhã, haverá exibição do filme e abertura para questionamentos sobre o tema abordado no curta-metragem de Regina Melo (“Os anseios das cunhãs”). À tarde, discussão em grupos por subtemas. No dia seguinte, plenária para apresentação e votação das propostas. 

Realizado por uma equipe de mulheres, o média-metragem “Os anseios das cunhãs”, que gerou o curta-metragem apresentado recentemente na Mostra de Cinema de Mulheres, realizada em Brasília-DF, retrata a vinda das índias e caboclas do interior amazonense para a capital da Zona Franca, onde passam a ocupar as ruas e a expor seus dramas e anseios. Segundo Regina Melo, a ideia é, a partir do filme que será exibido, levantar questões, como liberdade, violência, preconceito, direitos, participação social e prostituição, dentre outros. O projeto terá registro em filme e fotografias que serão entregues ao Banco da Amazônia e servirão para subsidiar futuros projetos sobre o tema. 

« Os anseios das cunhãs » foi produzido com 23 profissionais das áreas de cinema, música e teatro, dos quais, 18 são mulheres. Um número significativo, dadas as condições em que a mulheres se encontram inseridas atualmente no mercado cinematográfico brasileiro - algo em torno de pouco mais de 20%. No projeto estão a também produtora de audiovisual Suzana Ito e a cineasta Laura Rocha. Depois de Manaus e Belém, a equipe deverá levar o fomato do projeto para Fortaleza (CE), Natal (RN) e Brasília (DF). A realização da Conferência Livre de Mulheres, em Manaus, conta com o apoio do Deputado Estadual Luiz Castro e a parcerias do Fórum Amazonense de Saúde Mental.

Estão confirmadas as participações da pós-doutora em Serviço Social da Universidade do Amazonas, professora Heloísa  Helena Corrêa da Silva, que abordará o “Violência contra a Mulher e Transgeracionalidade” – fatores psicossociais nas crianças e nos adolescentes que presenciam violência, normalizando ou tornando-se possíveis futuros agressores/vítimas, a socióloga, psicóloga, mestre em educação, doutoranda em Psicologia do desenvolvimento e membro do laço analítico escola de psicanálise- núcleo Manaus, Vilma Mourão, com o tema “Relacionamentos amorosos de mulheres adolescentes”.

Além das palestrantes citadas acima, também estarão presentes Keyth Bentes, Secretária Executiva de Políticas para Mulheres, que falará sobre Legislação e Proteção à Mulher, abordando as leis Maria da Penha e do feminicídio, exploração Sexual de crianças e adolescentes e tráfico de mulheres; Dora Brasil, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, professora universitária, mestre em Educação, militante política e do movimento de mulheres, que falará sobre a Mulher e os Movimentos Populares, Rosângela Aufiero, psicóloga e membro do Fórum Estadual de Saúde Mental, que falará sobre a Saúde Mental no Empoderamento de Mulheres e Graça Prola, secretária de Justiça e Cidadania do Amazonas, que falará sobre a mulher e os direitos humanos.






segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Lançar “Ykamiabas em Belém, é imprescindível”, diz Regina Melo


Nesta terça, às 10 horas, no Museu do Forte do Presépio, Regina Melo lança "Ykamiabas - Filhas da Lua, Mulheres da Terra. O evento ocorrerá próximo à coleção de muyrakytãs, assim como ocorreu em Manaus, no último sábado (11), no Museu Crisantho Jobim), do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas/IGHA.


"Faltava lançar o livro em Belém", conta Regina Melo, que já lançou "Ykamiabas noutras cidades brasileiras (Rio Branco, Brasília, Pipa, Rio de Janeiro). "O lançamento em Belém é imprescindível", revela, pois, o mito das ykamiabas está relacionado aos dois Estados, pela comprovação da existência dos muyrakytãs, amuletos das míticas guerreiras, em rios da região, desde o Nhamundá, Trombetas e Tapajós.



"Nhamundá, Óbidos e Santarém é região das ykamiabas, mas elas se estenderam por outras regiões, pois os indígenas costumavam percorrer todas esses rios, levando consigo seus muyrakytãs". O livro lançado em 2004 pela Petrobrás chega a Belém, patrocinado pelo Banco da Amazônia, ao preço popular de R$20,00.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Segunda edição de Ykamiabas sai em agosto




Os primeiros registros dessas mulheres guerreiras vêm da região do mar Mediterrâneo, mas ganharam destaque com as viagens de Colombo ao Novo Mundo, no século XV. Desde então, têm percorrido o imaginário dos povos, causando desconforto, despertando fascínio e ajudando a fortalecer a luta das mulheres por seus ideais de liberdade (Regina Melo).

Com o patrocínio do Banco da Amazônia, a escritora e jornalista Regina Melo lança, nos dias 11 e 14 de agosto, respectivamente em Manaus e Belém, às 10 horas, a segunda edição do livro “Ykamiabas – Filhas da Lua, Mulheres da Terra”. Em Manaus, o lançamento será realizado no Museu Etnográfico Crisantho Jobim, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas/IGHA e, em Belém, no Museu do Forte do Presépio/Cidade Velha, pelo Sistema Integrado de Museus/SECULT.
O lançamento nas duas capitais, segundo a autora, é justificado pela área de abrangência dos muyrakytãs, objeto lítico encontrado no baixo Amazonas, na fronteira do Estado do Amazonas com o Pará. Os locais dos dois eventos também têm uma justificativa: o livro será lançado em museus que contam com coleções de muyrakytãs.
Primeiro romance de Regina Melo, “Ykamiabas – Filhas da Lua, Mulheres da Terra” resgata o mito das mulheres guerreiras amazônicas, a partir das migrações históricas e registros mitológicos, descritos tanto por historiadores como por viajantes que estiveram na Amazônia em séculos passados. “É um livro de ficção com fatos reais”, explica a autora.  
Inicialmente editado pela Travessia, com patrocínio da Petrobras, o livro recria a história das guerreiras amazônicas, que teriam combatido com os conquistadores europeus, durante a passagem de Francisco Orellana, pela região, em 1542 e que também foram descritas pelo naturalista e botânico, Barbosa Rodrigues, em bibliografia sobre o assunto.
Regina Melo conta que a aventura sobre as ykamiabas começou com duas indicações fornecidas pelo padre Casimiro Beksta, antropólogo que conviveu com os indígenas do alto Rio Negro. “A primeira apontou para os escritos do naturalista Barbosa Rodrigues, que tanto traçou a migração dos povos amazônicos em períodos que datam de milênios a.C., como apresentou diversos mitos coletados sobre as ykamiabas”.
A segunda indicação foi para o mapa etno-histórico, de Curt Nimuendaju, que aguçou a sua curiosidade ao constatar que os nomes das tribos indígenas também constavam nos mitos descritos por Barbosa Rodrigues.
O livro será vendido a R$ 20,00. No lançamento, será acompanhado de um muyrakytã com um cordel de tucum.           


Contatos com a autora:
(92) 9333 4677/(92) 82382145

sábado, 28 de abril de 2012

Sai a segunda edição de "Oceano Primeiro"



Regina Melo lança nesta segunda-feira, às 10 horas, no Studio 5, o romance “Oceano Primeiro – Mar de Leite, Rio da Criação”, na programação da Bienal do Livro Amazonas O livro, que venceu o Prêmio Proarte de Literatura em 2010 e o Edital do Banco da Amazônia, em 2011, ganha nova edição da Secretaria de Estado da Cultura/SEC.
O romance conta a história de um professor de Filosofia, Oannes, que decide abandonar a cidade para viver no interior da floresta, onde acredita estarem as raízes do seu passado. O contato com as águas do rio Negro fará com que experimente estranhas sensações e descobertas.
A partir daí, iniciará uma série de experiências místicas que o levarão a conhecer os segredos da evolução da terra e da humanidade. O romance recria os ambientes de Lemúria e Atlântida, através de vestígios encontrados nas áreas dos Andes, de semelhanças culturais presentes nas crenças, religiões, rituais e arquiteturas espalhadas em várias partes do mundo, além de farta bibliografia sobre o assunto.
Regina Melo diz que foi influenciada pela teosofia, holismo, teoria sistêmica, difusão cultural, sonhos e arquétipos, simbologia dos elementos e aventuras romanescas, em obras de autores como Helena Blavatski, Fritjof Capra, Joseph Campbell, Carl Jung, Gaston Bachelard e Julio Verne, entre outros.
 “Oceano Primeiro – Mar de Leite, Rio da Criação” traz discussões atuais, como a poluição das cidades, o aquecimento global, movimento das placas tectônicas, desmatamento, mudanças climáticas, o consumo exagerado de carne, além de trabalhar a concepção de paraíso perdido – o Éden onde a vida teria se originado.
O personagem Oannes busca entender a existência de Lemúria, o continente-mito, onde a vida começou. Sete segredos lhe serão revelados. Seu corpo dá sinais de mudança. Ele é um homem, ou um peixe? Para saber, diz a autora, somente lendo o livro.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Saiu o resultado do Banco da Amazônia YKAMIABAS será editado em formato popular



O romance “Ykamiabas – Filhas da Lua, Mulheres da Terra”, de Regina Melo acaba de ser selecionado pelo Banco da Amazônia, no edital de patrocínios 2012, para uma edição popular. Editado em 2004 pela Travessia, com patrocínio da Petrobras, o livro resgata a mitologia das mulheres guerreiras do vale do Amazonas, em época pré-colombiana. A edição em formato popular tem como finalidade atingir um maior número de leitores, pois será cobrado um preço acessível.
Além de Manaus, o livro também será lançado em Belém, como parte da proposta do projeto, como explica Regina Melo. “Amazonas e Pará são detentores dessa mitologia sobre as ykamiabas e seus muyrakytãs. Esta é uma forma de unir os dois Estados, co-irmãos, também em sua história comum, de migrações, conquistas e lutas. Com a edição, a autora espera sensibilizar o público, principalmente adolescente a se interessar pelos temas da mitologia amazônica.
“Espero, sinceramente, que o livro leve as pessoas a refletirem sobre suas posturas em relação às questões ambientais, de maneira que possamos reverter o processo de destruição da vida, pelo descaso e descompromisso com o futuro do planeta”. Além disso, “a tônica sobre a independência das mulheresbguerreiras, contida no mito das ykamiabas, é uma forma de estimular a auto-estima da mulher para ocupar espaços na sociedade e se sentir valorizada e feliz”, destaca Regina.
A lenda das mulheres guerreiras e dos muyrakytãs, os  relatos de viajantes, a existência dos lagos míticos na área geográfica de Nhamundá (AM), as referências contidas nos ciclos mitológicos descritos por Barbosa Rodrigues, o mapa etno-histórico de Curt Nimuendaju, além de outras evidências, levaram a autora a investir no projeto de pesquisa sobre as ykamiabas.


REGINA MELO,     COMUNICADORA SOCIAL. Jornalista, pós-graduada em Design, Propaganda e Marketing, com especialização em Marketing Empresarial (UFAM). Atuou em assessorias de instituições e eventos e em jornais de Manaus. Produziu VTs institucionais (Manaus, Imagem e Memória), documentário sobre o Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico de Manaus, em 1985, e O som das águas – documentário sobre o Abastecimento de Água na História de Manaus, em 1995. Na literatura, escreveu e publicou: PARIÊNCIA (Poesias, 1984), ESTAÇÃO DO NADA (Poesias, 1987), O POEMA (Poesias, 1998); YKAMIABAS – Filhas da lua, Mulheres da Terra (Romance, 2004); OS ANSEIOS DAS CUNHÃS (Revista de HQ, 2006) e OCEANO PRIMEIRO – Mar de Leite, Rio da Criação (Romance, 2011); e os posters: Poemas Descabelados (Poesias,1985) e O Homem e a Cidade (Poesias, 1995). Criou, desenvolveu e escreveu informativos institucionais, como: Gota D’água (Cosama, 1988 - 1990), Informativo Cosama (Cosama, Manaus, 1992 - 1994), Jornal da APA (Presidente Figueiredo-Am, 2000) e Jornal da Rede (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA – 2002 – 2003), entre outros. Desenvolveu vários projetos de pesquisa sobre a história da cidade de Manaus. Participou de eventos culturais, produziu e participou de shows musicais e obteve premiações em participações, como: 3º Lugar no Festival de Corais de Escolas Técnicas Federais (Curitiba, 1975); 3.º lugar com a música Terra Índia, Vida Índia, no Festival do SESI (Manaus, 1981); 2º e 3.º lugares, melhor arranjo vocal, melhor percussão no III FIF – Festival Interno da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), com as Músicas Troncos e Cogumelo Atômico, em parceria com Natacha Fink Andrade (São Paulo, 1982);  4º. Lugar no Festival Universitário com a música Um bolero para Manaus (Manaus, 1997); Prêmio Governo do Amazonas Os Anseios das Cunhãs – Roteiro poético para uma História em Quadrinhos (Manaus, 2005); Edital PROARTE 2010 e Edital Banco da Amazônia 2011, com o romance Oceano Primeiro – Mar de Leite, Rio da Criação.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ARTISTAS E LIDERANÇAS INDÍGENAS PROMOVEM MARCHA PELA VIDA


No próximo dia 22 de dezembro será a vez do Estado do Amazonas fazer ecoar seu grito de guerra contra Belo Monte. Um grupo formado por artistas, professores, estudantes, intelectuais e lideranças indígenas estará realizando, a partir das 17 horas, a Marcha pela Vida, saindo do centro histórico de Manaus e percorrendo algumas ruas da cidade. A intenção é chamar a atenção da população sobre a construção da hidrelétrica no rio Xingu, nas proximidades da cidade de Altamira, no Pará.
“A hidrelétrica nos incomoda em tamanho, falta de transparência dos recursos empregados e perda da biodiversidade”, revela a jornalista e escritora Regina Melo, que considera a obra um acinte ao bom senso.  “Não é apenas a questão de Belo Monte que nos incomoda, mas as medidas que vêm sendo tomadas com riscos ambientais irreversíveis. O Brasil está dando passos para trás”, disse a jornalista, que encampa o movimento.
Fazem coro a essa inquietação e insatisfação contra Belo Monte, o diretor Nonato Tavares e a atriz Koia Refkalefski, ambos da Companhia Vitória Régia. Eles enfatizam a importância de assumir uma postura de luta contra os que agridem a natureza e em defesa da vida.  O artista plástico Zeca Nazaré também é um dos que se juntaram ao grupo para realizar o movimento em defesa da vida, pois considera importante apoiar esse tipo de manifestação.
“Não podemos aceitar passivos que decidam por nós os nossos destinos”, argumentou o ator e representante indígena, Fidélis Baniwa, que se posicionou contrário a essa forma de se conduzir o desenvolvimento do país.  Sônia Guajajara, líder indígena e vice-coordenadora da COIAB, disse que “defender a floresta é defender os direitos da humanidade”. Para João Machado, Daniel Pìra-Tapuia e André Tukano, “todos serão afetados com a hidrelétrica, não apenas índios e caboclos”.
A concentração da marcha será no Paço Municipal, de onde partirá em passeata em direção à avenida Sete de Setembro, até o final da avenida Eduardo Ribeiro, onde ocorrerá um show com a presença de vários artistas. Durante a passeata, diversas lideranças locais estarão se posicionando a respeito das situações que hoje movimentam o debate ambiental em Manaus e em todo o país.